O bichinho DAS MARCHAS
Clique aqui para editar .
Nelson Pinto é marchante da marcha do Bairro Alto há 46 anos
Onze anos depois do surgimento das marchas populares de Lisboa, Nelson Pinto desfilava pela primeira vez pela Marcha do Bairro Alto. Foi na barriga da sua mãe, em 1943, que participou nesta tradição alfacinha e ganhou, então, o “bichinho”. “Acho que quando estamos a marchar o espectáculo é lindo!”, afirma Nelson.
Aos vinte e dois anos Nelson voltava a desfilar pela marcha do Bairro Alto após ter sido dispensado da tropa devido aos seus problemas oftalmológicos. Nelson tem agora 68 anos e é um motorista reformado que passa a maior parte do seu tempo na sede do Lisboa Clube Rio de Janeiro com os seus amigos e um companheiro da marcha.
Em 1965 a marcha do Bairro Alto tinha como tema os ‘Capotes Brancos’. Foi nesta marcha que Nelson se estreou, desta vez consciente do espectáculo que presenciava. “A primeira vez que marchei estava um bocado nervoso. Uns amigos meus acalmaram-me e depois como correu tudo bem, gostei muito. E a minha mãe quando me viu a desfilar ficou muito feliz!”, recorda Nelson.
Em 46 anos Nelson Pinto dedicou 4 meses por ano à marcha do Bairro Alto porque gosta de sentir o orgulho pelo seu bairro. No entanto, Nelson diz ter chegado a altura de deixar de marchar. Ainda assim não quer deixar de viver a noite das marchas. “Este ano já não vou marchar mais, mas vou assistir à mesma e quero ajudar no que for preciso.” Para Nelson as marchas populares dificilmente um dia acabarão, pois Nelson vê a importância desta tradição para os lisboetas e, também, para o turismo de Lisboa.
Desfilar na Avenida da Liberdade foi o desfile que sempre o pôs mais nervoso. “Fico mais nervoso na Avenida, porque está lá mais gente. É o pandemónio.” Quando acaba de desfilar a coreografia que demora apenas 15 dias a aprender, Nelson vai jantar com os seus amigos e festeja. “Normalmente não espero pelos resultados com os outros. Já estou muito habituado, por isso alguém depois diz-me quem ganhou.”
Perder ou ganhar ou não é importante para Nelson. “O importante é participar, não fico triste se perder. Com tantos anos levo aquilo bem e dou sempre os parabéns aos que ganham. Alguns até são meus amigos, pois já me conhecem há muito tempo.” A modéstia de Nelson levou a Associação responsável pela organização desta marcha a pedir à Câmara Municipal de Lisboa um reconhecimento pelos 46 anos de dedicação altruísta de Nelson à Marcha do Bairro Alto.
Por Sofia Mendes.
Aos vinte e dois anos Nelson voltava a desfilar pela marcha do Bairro Alto após ter sido dispensado da tropa devido aos seus problemas oftalmológicos. Nelson tem agora 68 anos e é um motorista reformado que passa a maior parte do seu tempo na sede do Lisboa Clube Rio de Janeiro com os seus amigos e um companheiro da marcha.
Em 1965 a marcha do Bairro Alto tinha como tema os ‘Capotes Brancos’. Foi nesta marcha que Nelson se estreou, desta vez consciente do espectáculo que presenciava. “A primeira vez que marchei estava um bocado nervoso. Uns amigos meus acalmaram-me e depois como correu tudo bem, gostei muito. E a minha mãe quando me viu a desfilar ficou muito feliz!”, recorda Nelson.
Em 46 anos Nelson Pinto dedicou 4 meses por ano à marcha do Bairro Alto porque gosta de sentir o orgulho pelo seu bairro. No entanto, Nelson diz ter chegado a altura de deixar de marchar. Ainda assim não quer deixar de viver a noite das marchas. “Este ano já não vou marchar mais, mas vou assistir à mesma e quero ajudar no que for preciso.” Para Nelson as marchas populares dificilmente um dia acabarão, pois Nelson vê a importância desta tradição para os lisboetas e, também, para o turismo de Lisboa.
Desfilar na Avenida da Liberdade foi o desfile que sempre o pôs mais nervoso. “Fico mais nervoso na Avenida, porque está lá mais gente. É o pandemónio.” Quando acaba de desfilar a coreografia que demora apenas 15 dias a aprender, Nelson vai jantar com os seus amigos e festeja. “Normalmente não espero pelos resultados com os outros. Já estou muito habituado, por isso alguém depois diz-me quem ganhou.”
Perder ou ganhar ou não é importante para Nelson. “O importante é participar, não fico triste se perder. Com tantos anos levo aquilo bem e dou sempre os parabéns aos que ganham. Alguns até são meus amigos, pois já me conhecem há muito tempo.” A modéstia de Nelson levou a Associação responsável pela organização desta marcha a pedir à Câmara Municipal de Lisboa um reconhecimento pelos 46 anos de dedicação altruísta de Nelson à Marcha do Bairro Alto.
Por Sofia Mendes.